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Luana Godoy

25 de out. de 2024

#9 Você sente que é quem deveria ser?

Você já se perguntou se está vivendo sua missão, seu propósito de vida, ou se está apenas sobrevivendo?

Pode parecer um assunto batido, falar sobre propósito, mas enquanto eu sentir que tenho outra vida, a partir do momento que tomei uma decisão, quero falar sobre isso. Porque sei o que é sentir viver em uma gaiola.

Já conheci muitas pessoas que pensam estar vivendo o que projetaram, mas no fundo não estão felizes. E posso dizer, se você não está feliz, não se sente profundamente realizado, algo está errado. No fundo você sabe a verdade. Mas muitas vezes, tomar uma decisão mudaria tudo não somente para você, mas para sua família também. E isso faz com que você acredite que está tudo bem continuar como está.


Esse news é uma carta para você e todos aqueles que vivem pensando no que poderiam ser um dia, esperando pelo fim de semana, esperando pelas férias. Sempre esperando. Esse ciclo não mudará, depende de você. Depende de uma decisão. Depende que você saia do campo da segurança para aquilo que não é uma certeza, depende que você entre no campo do medo que sente e o enfrente cara a cara. Depende de coragem.

Somos ensinados a acreditar que precisamos nos encaixar para pertencer. E você pode ter construído uma vida inteira esperando a hora certa de fazer algo. E o tempo foi passando, e você não se decidiu. Mas sabe, não existe o certo e o errado. Só existe aquilo que você sente no seu coração. E só você sabe.


Muitas vezes construimos uma carreira pensando em superar as expectativas sociais, da família e dos amigos, mas no fundo, é somente sobre você. Somos ensinados a acreditar que existem padrões a serem seguidos, porque seus pais fizeram isso você também precisa fazer, mas a vida não é assim. O resultado financeiro deveria ser uma consequência daquilo que você faz por amor.


Sabe aquilo que você faz quando não tem nada para fazer? E não estou falando de ver filmes e séries, que, infelizmente, tornou-se uma forma de distração e preencher os vazios, mas aquilo que você gosta de fazer, aquilo que é bom, que te distrai produtivamente, talvez você devesse fazer isso profissionalmente, porque isso é você.


Seja autêntico nas coisas que faz. Seja você mesmo. E se no lugar em que está isso não é possível, esse lugar não é pra você. Autenticidade não é apenas sobre ser diferente ou não seguir o fluxo. É, acima de tudo, uma conexão profunda com quem você realmente é, sua essência, seus valores e aquilo que te faz sentir vivo e feliz.


Ser autêntico é viver de acordo com seus valores. E valores são os pilares que sustentam a nossa identidade. São aqueles princípios pelos quais guiamos nossas escolhas, que nos conectam com o que é mais importante e verdadeiro para nós. A autenticidade não é construída com base no que os outros esperam, mas no compromisso com o que acreditamos ser certo e essencial. Não permita que alguém, ou algum lugar, dite valores para você.


Quando vivemos de acordo com nossos valores, alinhamos nossas ações com a nossa verdade. É nesse alinhamento que encontramos a nossa própria força, o que nos diferencia e o que nos torna únicos. Afinal, não existe caminho de autorrealização sem a coragem de viver nossa verdade, mesmo que ela seja diferente da verdade dos outros.


Muitas vezes, não é a falta de autenticidade que nos paralisa, mas o medo. Medo de não sermos aceitos, de sermos julgados ou rejeitados. Mas a verdadeira pertença só acontece quando nos mostramos inteiros.

A coragem de ser autêntico também é a coragem de ser imperfeito. Quando reconhecemos que a perfeição é uma ilusão, libertamo-nos da pressão de viver de acordo com padrões irreais e, em vez disso, começamos a viver de forma plena e verdadeira.


Muitas pessoas passam a vida perseguindo essa felicidade como se ela fosse algo externo, algo a ser alcançado depois de cumprir uma lista de expectativas sociais ou pessoais. Mas a felicidade autêntica está dentro.


A felicidade que vem da autenticidade é mais duradoura porque está enraizada no amor-próprio. Esse amor é, na verdade, a base de tudo — ele nos permite ser compassivos com nossas falhas, celebrar nossas conquistas e, acima de tudo, nos dá a liberdade de sermos nós mesmos, sem medo do que os outros possam pensar. É o amor que nos impulsiona a nos autorrealizar, a viver uma vida conforme nossos desejos mais profundos.


Nosso propósito não é seguir uma trajetória predeterminada, mas sim criar o nosso próprio caminho. Esse processo exige coragem, pois significa que precisamos abandonar máscaras e papéis que não nos pertencem para abraçar quem realmente somos. É a profunda sensação de estar vivendo de acordo com a nossa verdade, de estar em paz com nossas escolhas, de sentir que o amor, a felicidade e a liberdade são conquistas internas, não externas.


Por fim, a autenticidade nos oferece a maior de todas as liberdades: a liberdade de sermos quem somos, sem restrições. Quando vivemos de forma autêntica, encontramos uma felicidade que não depende de reconhecimento, um amor que não se baseia na aprovação dos outros, e uma autorrealização que vem do alinhamento entre o que somos e o que vivemos.


Ser autêntico é um ato de resistência mas é também um ato de amor — consigo mesmo e com o mundo. Porque quando você se permite ser quem é, você não só transforma a sua própria vida, mas também cria espaço para que os outros possam fazer o mesmo.

Seja corajoso. Abrace a sua verdade. E viva com a certeza de que a verdadeira felicidade está em ser quem você nasceu para ser.


Um lindo poema de Caio Fernando Abreu para te inspirar:

Vai menina, fecha os olhos.

Solta os cabelos. Joga a vida.

Como quem brinca somente.

Vai, esquece do mundo.

Molha os pés na poça.

Mergulha no que te dá vontade.

Que a vida não espera por você.

Abraça o que te faz sorrir.

Não espere.

Promessas, vão e vem.

Planos, se desfazem.

Regras, você as dita.

Palavras, o vento leva.

Distância, só existe pra quem quer.

Os olhos se fecham um dia, pra sempre.

E o que importa você sabe, menina.

É o quão isso te faz sorrir. E só.


Com amor,

Luana Godoy

© 2025 por Luana Godoy.

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